quarta-feira, 10 de outubro de 2018

“O Brasil não é um país sério”



CENTRO PRESBITERIANO MACKENZIE DE PÓS-GRADUAÇÃO ANDREW JUMPER

REINALDO DOS SANTOS - 81801572












DMN303 Teologia Aplicada
Monografia Final












SÃO PAULO
2018



REINALDO DOS SANTOS












MonoGRAFIA FINAL

Monografia apresentada ao Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper como parte dos requisitos da disciplina Teologia Aplicada DMN303, ministrada pelos professores Dr.Ligon J.Duncan III e Dr. Valdeci dos Santos, entregue como cumprimento parcial para obtenção do título de Doutor em Ministério (DMin).









São paulo
20168





Objetivo: Buscar uma solução teológica, na teologia do pacto,  para dirimir problemas centrais da sociedade brasileira e das pessoas que as compõe na prática do bem, levando-se em consideração o histórico que trouxe a formação da cosmovisão brasileira, a atualidade dos problemas sociais nacionais, as atividades sociais praticadas por João Calvino em Genebra tendo como pano de fundo sua Teologia manifesta em seus escritos nas Institutas. Comparar estas atividades, incluindo-se as missões do Estado, com o momento vivido pelo Brasil. Esboçando assim uma teologia social para a igreja brasileira.



MONOGRAFIA DE TEOLOGIA APLICADA

Purpose: Discuss a theological solution, based on the Covenant Theology to resolve the central problems of Brazilian society and its people who make up in doing good, taking into account the history that brought the formation of Brazilian worldview, the current national social problems, social activities carried out by John Calvin in Geneva with the background of his theology expressed in his writings in the Institutes. Compare these activities, including the State's missions, with the moment experienced by Brazil. thus outlining a social theology for the Brazilian church





Sumário






1        Introdução

“O Brasil não é um país sério”, famosa frase proferida pelo embaixador brasileiro Carlos Alves de Souza Filho, reflete muito do pensamento do nosso povo sobre o próprio país. Povo este que tem ansiado por mudanças em vários aspectos da vida nacional, como pudemos contemplar em várias manifestações públicas desde 2013, tenham sido elas manipuladas ou não, ecoaram o descontentamento nacional, expelindo de seu meio a classe política, desejosos por pureza, ávidos por dias melhores na economia, por austeridade na administração pública, por distribuição de renda parametrizada.
Qual seria a raiz do problema e onde estariam as soluções?
João Calvino passou por desafios, no período em que esteve em Genebra, na implementação dos princípios da fé reformada, viu que muito do que desdobrava nas relações sociais, era falta dos bons frutos que somente podem vir do alto (Tg1.17), que desdobram na prática dos princípios divinos, no exercício de nossa parte do pacto, revelados nas escrituras sagradas, assim questões de ordem social que envolvem a administração pública, podem ser muito bem equacionadas.
Com este prisma, avaliaremos neste trabalho, sobre a ótica da fé reformada, caminhos e esboçaremos uma proposta para uma teologia social brasileira, que construída sobre pilares sólidos, possam ser úteis para todos, e sob a égide do mestre, ainda haveremos de ver o Brasil como país sobre o qual se diga, “Brasil ? Este é um país que aflorou !”

2        Fundamentos Teológicos, baseados nas Institutas que Utilizaremos

2.1       Motivação da escrita

O Livro As Institutas, em seu prólogo, apresenta uma carta de Calvino destinada ao Rei da França, onde habilmente, em linha com sua formação de advogado, defende os reformadores contra as perseguições que lhes foram impostas pelos religiosos de então, bem como faz uma defesa dos cuidados do estado com seus cidadãos e a manifestação da iniquidade, no trato das coisas religiosas, oriunda da idolatria do próprio ventre.
Deus é seu ventre [Fp 3.19], a religião a cozinha, privados dos quais não só crêem que não serão cristãos, mas, realmente, nem ainda seres humanos? Ora, embora uns se empanturrem regaladamente, outros roam frágeis migalhas, todos, entretanto, vivem do mesmo caldeirão[1]
Calvino tem a percepção clara de que a sociedade, mesmo a religiosa, que deveria naturalmente ser referência, por ser conhecedora em tese da teologia do pacto, sob o entendimento de que já fomos abençoados por Deus e cabe a nós agora, sermos uma bêncão aos demais, conforme foi com Abraão e ainda assim, a classe religiosa não realiza o bem por si mesma, por causa de suas escolhas, que é fruto de razão, a qual distingue o que é bom e ruim, mas diretamente influenciada pela força de sua volição, cuja demanda está inerentemente comprometida, pela pressão dos desejos de satisfação de seu consumo, orgulho, vingança, prazer.
A assertiva que “Deus é seu ventre” [Fp.3.19] demonstra bem o parâmetro sob o qual os homens têm se movimentado.
Ainda que em alguns casos, esta realidade possa não ser explícita, mas velada; o fato é que estamos corrompidos na base, como bem disse Paulo,
Rom 7:18  Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Rom 7:19  Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.

Com este ticket de entrada, com este paradoxo, noção moral versus práxis, ou seja, de um lado sabe-se, ou ao menos tem-se boa noção do que seria certo e errado, dando a todos as bases morais para julgar o derredor, ao mesmo tempo, nas ações próprias, depara-se com a incapacidade natural para o exercício para o bem.
Assim o homem tem a noção do que é certo, mas ao tentar praticar, é quase que barrado por sua incapacidade para fazer de fato as melhores escolhas do que praticar.
Esta noção moral, aponta para o binômio, CERTO x ERRADO, assim, os homens têm-se desgastado e no afã da luta do CERTO contra o ERRADO, vemos o crescimento do moralismo no ceio da sociedade, onde a hipocrisia prática nos acaba sendo a vala comum.
Desta forma é muito fácil ver-se onde os homens erram, e sem esforço apontar os demais em suas falhas. É muito fácil ver os erros nas pessoas (Lc 6.42). Como juízes, julgar o próximo, fazendo uso do código da Lei Natural, que está escrita sem tinta nem se usa papel. Mas cravada em nossa própria existência.[2]
 Daí a origem de uma dificuldade que a sociedade e cada um dos homens não conseguem equacionar, pois temos o faro do que queremos, como sociedade, mas ao mesmo tempo, não temos o poder em nós mesmos para a implementação de uma agenda nas ações da sociedade que consigam atingir efetivamente o resultado desejado.
Desta forma, o que se vê é o crescimento de novas leis, pois há o consenso de que, são necessárias leis que punam os seus infratores, considerando que são elas que têm o poder de produzir a equilíbrio na sociedade, e por meio delas o bem.
Em nossa sociedade, as leis não visam reger apenas nossa conduta, elas visam igualmente implementar as políticas sociais. Assim, certas leis determinam a indenização de vítimas de acidentes de trabalho, a prestação de serviços de saúde e empréstimos aos estudantes que de outra maneira não poderiam frequentar a universidade.
A lei também visa a equidade. Isto significa que a lei deve reconhecer e proteger certos direitos individuais fundamentais, como a liberdade e a igualdade. A lei serve igualmente para impedir que indivíduos ou grupos favorecidos não utilizem as posições que ocupam na sociedade para explorar as pessoas menos favorecidas.[3]

Apesar de todo aparato de leis que temos, as injustiças sociais dos tempos pós-modernos perduram, ou seja, o moralismo e o legalismo, não têm sido suficientes para a produção do BEM geral.
Com esta base inicial, está evidenciado que o problema maior transcende a nossa capacidade de solução, somente com empenhos pessoais. A sociedade clama, por justiça, sabe onde quer chegar, porém está impedida de fazê-lo pelos próprios pés, pois ao caminhar, apesar de possuidora de alguma noção de onde quer chegar, do caminho certo a seguir, acaba optando por caminhos tortuosos, logo o destino desejado não é atingido.
Tanto Agostinho, quando Calvino e alguns dos pais da igreja, analisaram a questão da nossa capacidade de efetivamente escolher as melhores decisões, decisões estas que podem ser medidas pela conduta prática. Mas onde está o segredo de realmente tornar prático o conhecimento do bem?
No segundo Livro das Institutas, no Capítulo 2, Calvino penetra neste assunto, e encontramos ali uma Teologia que lhe serviu de base para seus feitos em Genebra e podem servir de base para os feitos pessoais e sociais no Brasil.
Boa parte da discussão apresentada, no diálogo com os pais da Igreja, a saber, Crisóstomo, Orígenes, Bernardo e Agostinho, dentre outros.
A questão central encontrada por Calvino, é que seria presunção humana, julgar que por si mesmo, ele (homem) está apto ao exercício do Livre-Arbítrio, ou seja, o homem não se encontra em condições autossustentáveis, de bem gerir o processo de tomada de decisões, e ainda mais implementar tais decisões, puramente embasadas em si mesmo. Desta forma, Calvino concorda com Agostinho que a suposta liberdade, está fadada ao fracasso se sustentada em pressupostos de autossuficiência.[4]
 Qual foi então a proposta teológica, para lidar com o resultado prático das escolhas dos homens? A resposta a esta pergunta é simples, Jesus disse em João 15.1-5:
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado; permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.[5]

A base teológica apresentada por Calvino, alinha-se a definição de Liberdade preconizada por Agostinho, quando afirma, a Verdadeira Liberdade, não se reflete pela pressuposição de fazer-se qualquer escolha, ao gosto dos ventos, mas que Liberdade, mesmo, é a capacidade de fazer a escolha certa.

Então, Calvino, citando Agostinho na contraposição de Orígenes
Agostinho não discorda dele quando ensina que o livre-arbítrio é a faculdade da razão e da vontade pela qual, assistindo-as a graça, se escolhe o bem, deixando ela de assisti-las, escolhe-se o mal[6]

Desta forma, a base teológica para a solução das várias questões existências, espirituais e sociais que usaremos, repousa num único fato. Somos pobres, cegos e nus, e precisamos dEle em todo o tempo em todas as coisas [Ap3.17]
           

3        O Brasil de Hoje, como chegamos.

O Brasil, descoberto em 1500[7] por Portugal, assumiu proporções imensamente maiores que o próprio país dominante, este país continental que foi colonizado sob a ótica de exploração, do enriquecimento rápido, da ganância. Do século XVI ao século XVII pela distribuição das sesmarias, feitas a empresários falidos, como por exemplo aconteceu com Henrique Montes[8], passou por muitas encruzilhadas que direcionaram o futuro que haveria de vir.
Como exemplo, podemos citar alguns, dentre os vários momentos decisivos vividos pelo país, que se tornaram especialmente fundamentais para a formação da nossa cultura, portando, definidores da cosmovisão que impregna os poderes atuantes no país.
Vale ressaltar ainda que a Cosmovisão (visão de mundo) é o resultado de aspectos sociais, psicológicos e também espirituais que estão em torno e dentro das pessoas.
A cosmovisão, que pauta em muito as condutas pessoais, é formada a partir do que cada indivíduo leva dentro de si como princípio, é construída a partir da convivência[9] com outros, forjada na observação, no que captam os sentidos, na experiência vivida, nos ensinos apreendidos.
Passemos, portanto, a rever alguns exemplos de fatos formadores da visão brasileira, “no que se refere”[10] ao desenrolar dos últimos anos.

3.1       Descobrimento e Colonização

Descoberto e colonizado, tendo como fundamento a extração da riqueza existente, por mais de três séculos a classe europeia católica foi dominante, o regime feudal era o modelo padrão na Europa. A Igreja Católica grande concentradora do poder religioso e estatal, assim cá no Brasil, legítima operadora dos recursos que aqui existiam, passamos pela divisão das terras entre os senhores representantes da corte portuguesa
Passamos pela distribuição das terras (capitanias hereditárias), adentramos num sistema sub-feudal com a exploração agrária, mineral, expansão via as sesmarias, que operaram o crescimento nacional, num regime de domínio e controle, que se movia pela força e coação, logo, desprovidos de valores morais mais elevados.
No caso do Brasil, os poderes de coação, assumidos pelos sesmeiros, cujo maior ou menor prestígio dependia da quantidade de homens, que pudessem mobilizar a qualquer momento, fosse para o trabalho, fosse para a guerra, foram acentuados, sobretudo, na Bahia e em Pernambuco, nas regiões sobre as quais a Casa da Torre, de Garcia d’Ávila, e a Casa da Ponte, da família de Antônio Guedes de Brito, dilataram seu domínio. [11]
Tivemos a ampliação da população, pelo tráfego negreiro, vindo principalmente de Angola e Moçambique, homens e mulheres que entraram na base da sociedade brasileira que no ciclo de suas gerações perderam muito de suas raízes. Submetidos às regras senhor x escravo, que tiveram que enfrentar, respaldada pela legislação brasileira, como por exemplo, o decreto nº4 de 10 de Junho de 1835, assinado por Manoel Alves Branco – Anexo 1, foram portando educados com uma mentalidade de inferioridade, sob a opressão e domínio irrestrito de seus senhores, não puderam cultivar o espírito e as responsabilidades de um homem livre.
De um lado dominadores no topo da pirâmide social, praticamente sem limites, desenvolveram uma cultura de onipotência, aos moldes do que Asafe descreve no Salmo 73, quando diz, nos versos 4 a 12:
Para eles não há preocupações, o seu corpo é sadio e nédio.
Não partilham das canseiras dos mortais, nem são afligidos como os outros homens.
Daí a soberba que os cinge como um colar, e a violência que os envolve como manto.
Os olhos saltam-lhes da gordura; do coração brotam-lhes fantasias.
Motejam e falam maliciosamente; da opressão falam com altivez.
Contra os céus desandam a boca, e a sua língua percorre a terra.
Por isso, o seu povo se volta para eles e os tem por fonte de que bebe a largos sorvos.
E diz: Como sabe Deus? Acaso, há conhecimento no Altíssimo?
Eis que são estes os ímpios; e, sempre tranquilos, aumentam suas riquezas.[12]

Do outro lado, escravos, sem organização, sem lastro familiar, sem formação, cuja cultura remanescente ia sendo apagada até que restasse somente lampejos da música, da dança, da arte, mas a honra, os valores, a cosmovisão de liberdade e independência, paulatinamente varridas e substituídas pela noção existencial do antigo ditado português que diz “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Esta foi a mentalidade padrão que impregnou todo o desenrolar do desenvolvimento social brasileiro até os dias de hoje, ou seja, no topo dominantes sem limites, na base, apatia, dependência e aceitação; mesmo após a abolição da escravatura – Lei Aúrea, Lei Imperial Nº3353 de 13 de maio de 1988, também conhecida como Libertação dos Escravos, voltaremos a este tema logo a frente, sobre o sentido da Libertação.

Assim o Brasil viveu a queda da monarquia, a implantação da Primeira República (de 1889 a 1930), período que produzíamos café, leite e açúcar, com grande influência de São Paulo e Minas Gerais.

3.2       A Segunda República

De 1930 em diante temos visto uma contínua luta pelo poder, seja pela sequência de conflitos armados que marcaram o início do século XX, seja pelo embate político. Vivemos duas ditaturas, a de Getúlio Vargas e a militar, passamos pela abertura das eleições diretas para presidente da república do Brasil, pelos movimentos sociais que originaram o partido dos trabalhadores; vimos, como nunca se imaginaria, um operário chegando a principal cadeira de Brasília, a proliferação de partidos políticos, a queda do partido dos trabalhadores e agora olhamos para o futuro com a incerteza do que virá.

3.3       Situação atual em 2016

Hoje o Brasil encontra-se com uma configuração social sob a influência do pós-modernismo, onde conglomerados de pequenos grupos, dentro dos quais habitam pessoas com interesses comuns, convergindo entre si, com o fim último de manter e ampliar o atendimento dos seus desejos de consumo, seja de produtos, cultura, serviços ou status social. A tônica é que a sociedade está fragmentada em conglomerados de interesses convergentes.
Estes conglomerados, agem aos ventos do modelo das oligarquias, ou seja, “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
Desta forma, o país encontra-se fragmentado, com o paradoxo da Democracia e da República.
Entenda-se Democracia pelo regime onde o poder emana do povo, pelo povo e para o povo.
Entenda-se República, pelo poder legitimado pela representatividade, oriunda das urnas.
O fato é que a República, tem se mostrado incapaz de exercer sua função mor, pois os supostos representantes, há décadas têm frustrado no exercício de seu papel que é defender os interesses da população, papel este que deveria emergir de um espírito aristocrático (nobreza de espírito, capacidade administrativa etc), uma boa referência de como deveriam os representantes atuar,  são filhos de Issacar.
1Cr 12:32  dos filhos de Issacar, conhecedores da época, para saberem o que Israel devia fazer, duzentos chefes e todos os seus irmãos sob suas ordens[13];
Estes filhos de Issacar, que compuseram o grupo que auxiliou Davi, a sua chegada ao trono de Israel, eram conhecedores de seu tempo, homens que viam adiante e tinham a capacidade de liderança, em quem o povo confiava, ao ponto de espontaneamente seguirem suas ordens, pois percebiam que o direcionamento dado por eles era em prol da nação.
Este padrão de excelência na liderança, é o que se aspira em todo o Brasil.  Mas como equacionar a República (representativa) com a ausência de nobreza de espírito daqueles que chegam ao poder? Como envolver brasileiros nobres e eliminar a apatia dos analfabetos políticos (analfabetismo crônico, que afeta a muitos, indistintamente de sua formação acadêmica e social).
Eis aqui a equação do problema:
O Sistema republicano representativo parece estar se esgotando, pelas constantes frustrações do mal-uso do poder delegado aos eleitos representantes.
Boa parte dos que detêm poder está corrompida, pois para perpetuar-se, são pragmáticos e amorais, pois entendem que o poder é amoral.[14]
O povo, se organizado, poderia efetivamente, mudar as coisas, mas este, ou está apático, ou está indiferente, ou não tem a capacidade de organização [15], inclua-se neste grupo Cristãos.
Diante deste cenário tenebroso, com as lentes das escrituras sagradas e vendo a história, mais especificamente em Genebra do século XVI, fazendo-se um paralelo entre aquele tempo e os dias de hoje, pode-se perceber que o caminho para a solução do problema, passa por uma teologia que trate da influência dos cristãos na coisa pública, visto que as escrituras têm o poder de orientar adequadamente, como diz o salmista “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” Sl119.105[16]

4        Cenário de Genebra no Séc. XVI

A Genebra de 1500 estava dentro dos domínios onde alcançavam as mãos do Duque de Saboia, apesar de ser uma vila episcopal, onde o poder seria exercido pelo bispo católico Jean, o duque Charles III (Duque de Saboia) desde os primórdios do séc. XVI pressionava e disputava pelo domínio da cidade, o que efetivamente aconteceu logo após a morte do bispo Jean. O Duque se apossa da cidade, iniciando-se assim revoltas entre os Genebreses. Carlos V, rei do império Germânico, com a ajuda da cidade de Berna, entrou na disputa e em fevereiro de 1520, expulsou dali as tropas do Duque de Saboia.
Dentro deste ambiente de disputas que por um lado, produziu a diminuição do poder da igreja católica na cidade, levando consigo a obtusidade do poderio centralizado aos moldes do que era o feudalismo, considerando-se a nova cosmovisão humanista da Renascença. Berna tornou-se um celeiro propício para mudanças estruturais.
Neste contexto, surgem líderes religiosos, como Guilherme Farel e Antoine Froment.
Em 1536 [17] Calvino chega na cidade de Berna, onde é convencido a ficar, para ajudar na reestruturação da cidade. Como humanista, de formação básica, e Cristão fundamentado nas escrituras, Calvino apresenta o
Humanismo cristocêntrico, essa nova imagem do homem, redescoberta pelo cristianismo reformado, permitia a cada indivíduo compreender que sua natureza atual era uma natureza degradada e que devia ser restaurada [18]

A partir desta visão da fé reformada, Calvino finca as bases do desenvolvimento da sociedade de Genebra, tornando-se um dos principais líderes das mudanças estruturais, que envolveram mudanças na forma que as pessoas se relacionavam com Deus, consigo mesmas e com a sociedade.
Rompendo com o modelo de sociedade centralizada na igreja, Calvino, teólogo e humanista, traz uma teologia que aponta para o humanismo cristocêntrico, no qual o homem é livre, numa concepção de liberdade, em que Cristo, por sua Graça, transforma a natureza decaída e malignamente tendenciosa para a Liberdade verdadeira, onde os homens não são escravos de uma instituição religiosa, respaldando suas aberrações, mas Livres e libertos para fazerem as melhores escolhas, não por imposição, mas por Graça.[19]
Com este conceito, moderno, quando comparado à época em que Calvino chegou a Genebra, mas ao mesmo tempo antigo, pois remonta ao período de Jesus, os domínios da Igreja Católica e da semiescravatura, típica do feudalismo, começaram a substituir a Cosmovisão e o proceder dos moradores de Genebra.
A influência dos seus ensinos levou a restauração das relações sociais, trazendo a dignidade humana à tona, bem como o respeito e o amor entre às pessoas, produzindo verdadeira revolução social, sem luta, sem armas, pois o campo de batalha era dentro de cada um daqueles cidadãos Genebrinos, viu-se então ricos e pobres num relacionamento típico da igreja em seus primórdios [At 6.1-3], com a instituição da organização do diaconato, num modelo maravilhoso onde havia singeleza de coração dos que doavam e muita boa fé dos que recebiam.
Os escritores mais modernos de desenvolvimento humano, reconhecem que o caminho para o crescimento efetivo das pessoas precisa seguir o caminho de dentro para fora [20]
Este é o modelo de Cristo, este foi o modelo dos Apóstolos, dos pais da Igreja, de Calvino e é o único modelo que dá resultado, pois é o único que ataca o verdadeiro problema, é necessário lavar o copo por dentro primeiro [Mt23.26]
Assim Calvino seguiu reformulando as relações interpessoais, o funcionamento da igreja local e chega a discussão das funções do Estado.
O Estado não é constituído de todas pessoas que seguem a Cristo em sua essência, seria uma utopia pensar isso. Ciente disso, Calvino enfatiza a imposição de Leis, que garantam o equilíbrio do funcionamento da vida em sociedade.
Os agentes dessa ordem são, de um lado, a lei moral externa e convencional que dirige os indivíduos e, de outro, a lei do Estado eficazmente aplicada pelas instituições governamentais.
A ordem política é relativa e provisória, à espera do fim dos tempos. Depois
do juízo final, a humanidade recuperará plenamente sua natureza original; viverá, então, espontaneamente na paz social porque será livremente submissa à ordem de Deus. Contudo, enquanto aguardam esse acabamento final, todas as sociedades têm necessidade de uma ordem provisória, de uma ordem humana para viver. E essa ordem é a política. A política não é, pois, sem relação com a ordem de Deus. Ela deve representar, em todas as sociedades, a ordem que mais se aproxima da ordem de Deus, tendo-se em conta o desenvolvimento espiritual dos habitantes em um lugares em um momento dados[21]

Conforme Jesus anunciava, “Eis que é chegado o Reino de Deus”, contudo o fato é que Reino no qual não há pranto nem lágrima nem dor [Ap21.4], tem com a vinda de Cristo o  início de sua implantação, desta forma, o convívio em sociedade também precisa de leis que regulem a vida em sociedade.
Tais leis são insuficientes para a plenitude e a felicidade dentro da sociedade, elas servem para regular e tentam aproximar-se da referência de toda a bondade que é Deus.

5        Aplicação Prática


Nosso país pelo histórico conhecido e reapresentado aqui, é um país com algumas peculiaridades, peculiaridades estas que coseram no tecido social e em nossa cosmovisão, muitos males. Apresentarei alguns problemas, como exemplo, sem exaurir o número deles.
Podemos destacar como males, a influência católica, ao longo de nossa história, que aprisionava o pensamento dos cristãos à igreja, como sendo esta, a detentora das outorgas de ligar e/ou desligar o homem a Deus, desta forma, hoje, as diretrizes religiosas de muitas igrejas denominadas evangélicas em muitos casos tornaram-se manipulativas, ao modelo do que era a Igreja Católica da idade média e de certa forma podemos afirmar que surgiu nisso uma idolatria da religião.
O segundo mal que podemos denunciar é a incapacidade dos seguidores de Cristo em aproximar-se do poder público sem conseguir transformá-lo, talvez pelo sentimento herdado de nossa colonização, na qual os senhores tinham poderes quase ilimitados e o exerciam com a anuência, de certa forma, do povo oprimido, que perdeu a referência da liberdade.
Debatendo com um amigo sobre religião e posicionamentos na política, disse que meu entendimento é que vivemos em um país livre onde cada um de nós tem ao mesmo tempo o direito e o dever de participar do processo eleitoral responsavelmente. Ou seja, deixar de exercer este dever, ou permitir que outrem adentre em seu direito de análise política livre é ao mesmo tempo uma ação contra a lei e imoral.

Ele me rebateu, "Mas a fé é maior do que a lei por isso eu seguirei as diretrizes da igreja”. Esta assertiva pode ser perigosa, pois em nome da fé, já se viu atrocidades na humanidade.

Fui para casa pensando sobre o assunto, e concluí que a intenção seria de afirmar que as coisas espirituais são mais altas que as coisas materiais. Descamando em meu raciocínio e, concluí que na verdade as coisas espirituais, transcendem, são íntegras, morais e alinhadas com a natureza divina que é perfeita, logo uma ação de fundo espiritual sempre será legítima, já uma ação de fundo religioso nem sempre.

Há um perigo que é o de confundirmos valores espirituais (miram a natureza divina) com valores religiosos (que miram a instituição religiosa).

Nestes termos poderíamos parafrasear, remodelando a citação deste meu grande amigo, com esta minha frase..."A Justiça é Maior que a Lei" pois a justiça é um dos valores que apontam para o criador, visto que um dos seus atributos é que Ele é justo e a justiça por excelência.
Para representar esta natureza perene que penetra toda a criação, os homens fazem as leis. Uma lei que não aponta para a justiça é uma lei doente.

Muitas vezes no meio religioso, fugimos desta base fundamental e nos mobilizamos “em nome da fé”, contudo, estou convicto, que a prática religiosa somente é saudável quando está em harmonia com a natureza de Deus, e a identificação de Deus está em seus atributos, se desviarmos desta rota, iremos sozinhos [2Tim 2.13].

Uma prática religiosa doente, segue o que lhe é dito, sem qualquer ponderação sobre a natureza de Deus. Tal padrão de fé (fazendo uso da definição popular da palavra fé) é manipulativa, distorcida e produz verdadeiras aberrações dogmáticas. O parâmetro para analisar estas questões é Jesus, o seu modelo sempre aponta para os valores espirituais mais altos (que são a marca do Reino de Deus) – Por exemplo Mat5.27-28.

Quando foi necessário, Jesus enfrentou aqueles que somente viam na religião fonte de riqueza [João 2.15], não respeitou reis quando os mesmos tentaram impor seu poder sem uma base legítima [Luc 13.31-33], nem ficou deslumbrado diante de palácios.

Jesus se pautava por valores mais altos, o cerne dos seus ensinamentos de conteúdo podem ser vistos em : Mateus 5 e Mateus 6

Aplicando estes princípios neste momento político que temos a frente, vejo claramente que, precisamos ponderar bem, refletir qual é o papel último da política, que em síntese é “o bem comum”.
Sabendo que uma política em linha com a natureza de Deus, traria equidade e justiça social. Suas preocupações seriam servir os outros e respeitar os recursos públicos. Fazer política em linha com valores espirituais é respeitar o próximo e ser íntegro com o erário.

Pensar política considerando os valores do Reino de Deus é entrar num meio de tendência corrompida e influenciá-los, temperá-los, iluminá-los, sendo Sal da Terra e Luz do Mundo [Mat 5.13] A igreja dos cristãos não precisa de representantes políticos para protegê-la [Mat16.18], mas os vários representantes políticos desta nação precisam estar em contato com Cristãos de verdade [Mat5.16]

Bom seria se tivéssemos verdadeiros Cristãos em todos setores, na educação, na indústria, na economia, na cultura, na saúde e na política. Existem muitas motivações, muitos passarinhos e belas flores, que precisamos aprender a descartar hino 36 da harpa. Não são os tapinhas nas costas, ou o sorriso sedutor, ou o email, sms, a cartinha ou faixa na data de aniversário, não é o carro de som, a história política, as pesquisas de opinião, longe de ser a promessa de emprego na cidade, ou o contrato de venda. Não, nada disso irá nos distrair. Queremos coisas verdadeiras e motivos nobres, precisamos aqui ser uma extensão do Reino de Deus e mostrar que ele, o Reino, já chegou [Mat.6.33]

6        Conclusão

Conforme apresentado neste trabalho, vimos que muitos problemas que permeiam a sociedade, são oriundos dos integrantes da própria sociedade, ou seja, as dificuldades vividas pelo coletivo são em boa parte, o resultado das dificuldades exercidas pelos indivíduos que compõe este coletivo.
Portanto a solução dos problemas da sociedade, passa pela solução de cada indivíduo, a máquina não está funcionando tão bem, por que as engrenagens estão defeituosas. Aqui onde precisamos o cumprimento da promessa de Deus o criador, pois temos que refletir que somos sua imagem e semelhança, exalando características dele mesmo, como bondade, justiça, amor, compaixão.
Um encaminhamento adequado da sociedade brasileira, demandará uma metodologia que resolva os vários brasileiros. Apesar de nossa capacidade racional que é aparentemente o que nos leva a concluir que queremos uma sociedade mais justa, honesta, onde os serviços funcionem, onde exista boa educação, hospitais e seja seguro. Para tanto, todos pagam impostos, temos a famosa democracia com suas instituições legalizadas, partidos políticos e a “liberdade” para o exercício da cidadania.
No papel tudo perfeito, mas a práxis não é compatível com o plano. Desta forma, entendendo a verdade bíblica de que não somos auto-suficientes, sequer para a busca do bem desejado, como afirmou Agostinho e respaldou Calvino, desta forma, vemos que sem Cristo, a videira verdadeira, seremos como ramos arrancados do tronco, que jamais poderão produzir qualquer bom fruto.
Para o Brasil aflorar, precisaremos de homens e mulheres que consigam seguir os preceitos divinos, de equidade, justiça, honra, fraternidade, trabalho, dentre outros; pois não há bem ou bondade noutra parte [Tg1.17]
Em termos práticos, precisamos apresentar ou reapresentar as escrituras àqueles que estão em posição de poder e influenciá-lo, como fez Hilquias, [2Cr34.15], que de alguma forma fez com que a palavra, depois de encontrada, chegasse ao topo e dali fosse praticada.
Além desta influência bíblica no topo da gestão pública, os brasileiros do Brasil precisam ser curados em sua visão de mundo, que todos foram chamados para a liberdade que há em Cristo, a liberdade que somente pode ser produzida por sua Graça nos auxiliando a fazer as escolhas certas.
Esta chegada do Reino de Deus no Brasil, traria o conserto que todos aspiram, aí então iremos aflorar como nação.
Sei que as ideias aqui apresentadas têm sido distorcidas por muitos que muitas vezes mais nos fazem lembrar dos fariseus da época de Jesus, do que do Jesus da época dos fariseus. Calvino também enfrentou os religiosos de sua época que usaram da religião para alimentar sua idolatria do ventre, como dito no começo deste trabalho.
Assim sendo, o caminho do Brasil passa por uma espécie de reforma no cristianismo brasileiro, este consertado, reconectado a videira, tornará os ramos à produção dos frutos.


7        Anexo 1 – Lei nº4 de 10 de Junho de 1835

 

 


8        Bibliografia

ALMEIDA, J. F. D. Bíblia Sagrada - ARA. São Paulo: [s.n.], 2016. ISBN mobi-asin:ZDMUJYDD6UNQ2VK43IFDZC45ZZ4KKVLT.
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[1] (CALVINO, 2003, p. 29) CALVINO, J. As Institutas, ou Tratado da Religião, Livro 1. Tradução de Waldyr Carvalho Luz. 2a. ed. Campinas: Cultura Cristã, v. I, 2003
[2] (LEWIS, 2005, p. 9) LEWIS, C. S. Cristianismo Puro e Simples. Tradução de Álvaro Oppermann e Marcelo Brandão Cipolia. Revista e Ampliada. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

[3] (Side da OAS, 2016) SIDE da OAS, 2016. Disponivel em: <//www.oas.org/juridico/mla/pt/can/pt_can_mla_what.html>. Acesso em: 03 set. 2016.
[4] (CALVINO, 2003, p. 32)
[5] (ALMEIDA, 2016)
[6] (CALVINO, 2003, p. 32)
[7] GARCIA, J. M. Biblioteca Nacional de Portugal. Site da Biblioteca Nacional de Portugal, 22 Agosto 2016. Disponivel em: <http://purl.pt/162/1/brasil/obras/carta-de-dom-manuel/index.html>. Acesso em: 22 ago. 2016.
[8] (BUENO, 1999, p. 67) BUENO, E. Capitães do Brasil: A Saga dos Primeiros Colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, v. 3, 1999. ISBN 9788573022520.

[9] (TEIXEIRA, 2014, p. 2)TEIXEIRA, I. M. C. E. A. TEXTO DE ESTUDOS -COSMOVISÃO –. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃOGRUPO DE PESQUISA “PRÁTICAS SOCIAIS E PROCESSOS EDUCATIVOS”. São Carlos, p. 51. 2014.

[10] (AZEVEDO, 2014) AZEVEDO, R. Veja, Colunista. Blog Reinaldo Azevedo, Colunista Revista Veja, 2014. Disponivel em: <http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/no-que-se-refere-a-dilma-a-presidente-precisa-parar-de-falar-no-que-se-refere/>. Acesso em: 22 Agosto 2016.

[11] (PINTO, 2005)PINTO, J. G. C. D. C. Aspectos Feudais da Colonização no Brasil. Revista Espaço Acadêmico N.52, Maringá, 2005. ISSN 1519.6186.

[12] (ALMEIDA, 2016) ALMEIDA, J. F. D. Bíblia Sagrada - ARA. São Paulo: [s.n.], 2016. ISBN mobi-asin:ZDMUJYDD6UNQ2VK43IFDZC45ZZ4KKVLT.

[13] (ALMEIDA, 2016)
[14] (GREENE, 2000) As 48 Leis do Poder. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.
[15] (DA SILVA, 1998) DA SILVA, L. F. APATIA POLÍTICA, PARTIDOS E BUROCRACIA. FAFICH/UFMG. São Vicente de Minas, p. 9. 1998.
[16] (ALMEIDA, 2016)
[17] (MATOS) MATOS, A. S. D. Calvino - 500 anos. Mackenzie. Disponível em: <http://www.mackenzie.br/15913.html>. Acesso em: 30 ago. 2016.

[18] (BIÉLER, 1999, p. 29) BIÉLER, A. A Força Oculta dos Protestantes. Genebra: [s.n.], 1999.

[19] (BIÉLER, 2009, p. 16)  O Humanismo Social de Calvino. São Paulo: Pendão Real, 2009.
[20] (COVEY, 2013, p. 25) COVEY, S. R. O Sete Hábitos. 47a. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013.

[21] (BIÉLER, 2009, p. 46\)